quarta-feira, 2 de julho de 2014

FEIA - A HISTÓRIA REAL DE UMA INFÂNCIA SEM AMOR (Constance Briscoe)

Entrei numa maré brava de escolher os casos verídicos mais dramáticos e tristes para ler... A protagonista deste livro se mostrou uma alma cheia de garra, de coragem e determinação, enquanto aqueles que a rodeavam se revelaram fracos, covardes e egoistas. Afora sua algoz, sua tresloucada mãe, que deveria ser trancafiada, banida da humanidade... Naturalmente, mesmo toda a força e coragem da protagonista não lhe pouparam as sequelas dos maus tratos emocionais e físicos sofridos. E eu, mais uma vez, me estarreço com a omissão daqueles que poderiam ter impedido tanto desatino, tanta maldade, mas, absurdamente, desumanamente, preferiram ignorar essa sordidez toda. Fico me perguntando até onde chega a indiferença do ser humano, até onde vai o silêncio em prol da conveniência pessoal de cada um...
SINOPSE: Qual será o limite da maldade de uma mãe com sua filha?
Entreguei a minha fotografia, tirada na escola, para minha mãe. Ela olhava da fotografia para mim. De mim para a fotografia. Então disse: “Meu Deus, como ela pode ser tão feia. Feia. Feia.”
Essas palavras cruéis são apenas o começo. A mãe de Constance foi sistematicamente violenta com a própria filha, física e emocionalmente, durante toda a sua infância. Apanhando e sendo privada de comida, Constance estava tão desesperada, que foi sozinha até o Serviço Social e suplicou por proteção. Quando isso não deu certo, tentou dar fim à vida, tomando alvejante, uma vez que era chamada de “germe” por sua mãe. Desenvolveu caroços nos seios, uma situação médica rara para uma criança, por conta dos beliscões nos mamilos e socos desferidos pela mãe. Quando tinha 13 anos, foi abandonada em casa por sua conta e risco: não havia gás, luz ou comida.
Entretanto, de alguma maneira, Constance encontrou coragem para sobreviver. Esta é a sua comovente — e essencialmente triunfante e inspiradora — história.
Pelo fato de ter relatado as memórias de sua infância em Feia, que já vendeu quase meio milhão de cópias em todo o mundo, Constance foi processada por difamação por Carmen Briscoe-Mitchell, sua mãe. No entanto, o júri foi unânime em reconhecer a veracidade da autobiografia, comprovada pelas cicatrizes, testemunhos e relatos médicos. Durante o julgamento, Constance disse que decidira escrever a sua história como exemplo de superação das adversidades e porque a sua mãe não merecia o seu silêncio.

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