segunda-feira, 15 de abril de 2013

EM DEFESA DE JACOB (William Landay)

Há tempos eu não lia um livro assim apaixonante. O livro trata do julgamento de um menino de 14 anos, acusado de assassinar um colega de escola. Mas não trata apenas disso. Trata das relações familiares e traça um quadro, no mínimo, interessante. Pais ou mães entenderão exatamente do que o livro fala e serão capazes de enxegar, nas entrelinhas, as nuances complicadas do amor. As atitudes que se tomam, frente aos problemas dos filhos, não dizem respeito apenas aos sentimentos nutridos, ao desejo de um filho perfeito, à negação das imperfeições, ao dever e responsabilidade de defender aqueles que concebemos. Tais atitudes, embora reflitam nossa forma de amar, determinam a extensão de onde chegaremos, de até onde vai nossa capacidade de luta.
Há um trecho no livro, onde Jacob, o menino acusado, fala sobre Buenos Aires com seus pais. O peso da ternura, a extensão do amor contido ali é de arrebentar o coração.
Ao término da leitura posso dizer que compreendo perfeitamente as opções tanto do pai quanto da mãe de Jacob, mas não ouso dizer como eu reagiria num caso desses. Porque, para determinar minha reação eu precisaria estar vivendo uma situação similar e rezo para que isso nunca aconteça.

SINOPSE:  Jacob Barber é um garoto comum. Mas, sob a aparente normalidade, pode se esconder um assassino. Aos 14 anos, ele é acusado de matar Ben Rifkin, seu colega de escola. Por uma cruel ironia do destino, à frente do caso está o pai de Jacob, Andy Barber, promotor veterano e respeitado de uma cidade de Massachusetts, que é imediatamente afastado da investigação. Ele acreditava ter uma família perfeita e tudo isso põe por terra a fachada de normalidade de sua vida. Seu desafio torna-se descobrir se Jacob é inocente, ao mesmo tempo em que precisa encarar segredos do passado e tentar preservar seu casamento em crise.
O menino jura ser inocente, e Andy, para quem a investigação se transforma em uma prova de amor, acredita nele. Afinal, ele é seu pai. Porém, numerosos fatos e acontecimentos vêm à tona ao longo da investigação, revelando o quão pouco os pais às vezes sabem sobre os filhos. Paralelamente, o casamento de Andy começa a desmoronar, e ele é levado a outro julgamento, no qual é ao mesmo tempo juiz e réu – uma disputa interna entre lealdade e justiça, verdade e alegação, um passado que ele tenta enterrar e um futuro que parece cada vez mais indefinido.
Com doses de adrenalina e suspense psicológico, William Landay nos põe diante de um tabuleiro de xadrez literário em que cada movimento das peças revela uma história de traição e culpa, e nos convoca a pensar sobre a velocidade aterrorizante com que a vida pode sair dos trilhos.
O thriller jurídico de William Landay - que vem sendo comparado pela crítica com o mestre da literatura de tribunal Scott Turow. Estreou em quarto lugar na lista de mais vendidos do New York Times, onde permaneceu por mais de 25 semanas e já foi vendido para 19 países. Assim como Turow, Landay, vencedor de diversos prêmios com seus dois romances anteriores, tem conhecimento de causa: o autor atuou como promotor nos anos 1990, antes de se tornar escritor, e empresta sua experiência para contar a história

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