domingo, 28 de abril de 2013

DE BAR EM BAR (Judith Rossner)

Um livro dificil... Dificil ser completamente a favor das escolhas de Theresa, dificil ser completamente contrária a essas mesmas escolhas... Theresa não é aquela mulher certinha, com uma vida redondinha. Porém, também não está errada, está buscando e, enquanto o faz, comete erros. Embora se possa dizer que as consequências de suas escolhas era, de certa forma, previsível, acaba sendo inaceitável o alcance de tais consequências. O enredo nos fala de uma mulher solitária, que carrega em seu âmago as sequelas de uma infância complicada por problemas graves de saúde. Alguém que não se permitiu definir o que realmente deseja, mas que sabe desejar o melhor de tudo. Infelizmente, a possibilidade de ficar apenas com o melhor não é viável. Vi uma inocência tola na protagonista, ao não atentar para os perigos de suas "não relações", de seu amor livre, ao não se aperceber do quanto estaria vulnerável ao lado de desconhecidos, ao não se dar conta de que o amor é possessivo, dificilmente aceitando relações paralelas. O fato de buscar ser franca em suas relações não a eximirá da obrigação de escolhas. E é provavelmente sua sistemática recusa em tomar posições exigidas por aqueles que a rodeiam, seu desejo de permanecer vivendo como otpou viver, o fator determinante para o desfecho do livro.
SINOPSE: Em janeiro de 1973, Nova York acorda com as primeiras páginas dos jornais estampando a manchete de um terrivel crime sexual: uma professora irlandesa, de vinte e oito anos, foi encontrada morta em seu apartamento, onde morava sozinha, no West Side de Nova York. Segundo a polícia, fora estuprada e estrangulada, e recebera cerca de vinte facadas por todo o corpo. Porém, não era mais um crime da cidade grande. Roseann Quinn, antes vista apenas como uma jovem católica, de longos cabelos ruivos, óculos de grau, querida e respeitada por todos os amigos, alunos, pais de alunos, a personificação da inocência, enfim, foi se transformando, nos seguidos noticiários da imprensa, numa moça complexada, inquieta, que, à noite, tirava os óculos e procurava, em lugares mal frequentados, companhia para suas noites solitárias e angustiantes, ou seja, levava uma vida dupla. Numa dessas noites encontrou aquele que seria seu assassino.

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