sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SOB A REDOMA (Stephen King)

Não levou 5 estrelinhas, apenas 4.
O livro tem 954 páginas, o que dificulta o conforto da leitura. O enredo, entretanto, é bastante satisfatório, como a maioria da criação do autor. Mormente os horrores contidos na história, não considerei este livro como um livro de terror. Com um toque de ficção científica, a obra na verdade fala do que é humano. Desenvolve a maldade em seu grau mais elevado, mais extremo e abjeto. E permeia tal maldade com os grandes valores humanos: o amor, a amizade, a confiança, a união, a solidariedade, a coragem. Conviver, em meu tempo de leitura, com os grandes vilões do livro, trouxe-me uma gama de emoções dificeis de lidar: a raiva, o desejo de vingança, um horror visceral mesmo. Assim também, a convivência com os heróis e os demais protagonistas dessa longa narrativa despertou-me para o alívio, a esperança, a justiça. Mas o que impera mesmo é algo muito antigo, arraigado no coração da gente em tempo anterior ao próprio nascimento de nossa consciência, a certeza de repente até insana de que o bem sempre vence no final. Apesar do desconforto pelo peso do livro, uma bonita leitura espera quem se atrever, quem não se acovardar com seu grande volume.
SINOPSE:Em um dia como outro qualquer em Chester’s Mill, no Maine, a pequena cidade é subitamente isolada do resto do mundo por um campo de força invisível. Aviões explodem quando tentam atravessá-lo e pessoas trabalhando em cidades vizinhas são separadas de suas famílias. Ninguém consegue entender o que é esta barreira, de onde ela veio e quando — ou se — ela irá desaparecer. Os moradores de Chester’s Mill percebem que terão de lutar por sua sobrevivência. Pessoas morrem, aparelhos eletrônicos entram em pane ao se aproximar da redoma e a situação fica ainda mais grave quando a cidade se vê exposta às graves consequências ecológicas da barreira. Para piorar a situação, James “Big Jim” Rennie, político dissimulado e um dos três membros do conselho executivo da cidade, usa a redoma como um meio de dominar a cidade. Enquanto isso, o veterano da guerra do Iraque, Dale Barbara, é reincorporado ao serviço militar e promovido à posição de coronel. Big Jim, insatisfeito com a perda de autoridade que tal manobra poderia significar, encoraja um sentimento local de pânico para aumentar seu poder de influência. O veterano se une a um grupo de moradores para manter a situação sob controle e impedir que o caos se instaure. Junto a ele estão a proprietária do jornal local, uma enfermeira, uma vereadora e três crianças destemidas. No entanto, Big Jim está disposto até a matar para continuar no poder, apoiado por seu filho, que guarda a sete chaves um segredo. Mas os efeitos da redoma e das manobras políticas de Jim Rennie não são as únicas preocupações dos habitantes. O isolamento expõe os medos e as ambições de cada um, até os sentimentos mais reprimidos. Assim, enquanto correm contra o pouco tempo que têm para descobrir a origem da redoma e uma forma de desfazê-la, ainda terão de combater a crueldade humana em sua forma mais primitiva.

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