segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

ANJOS CAIDOS (Tracy Chevalier)

A obra retrata os costumes do início do século XX, na Inglaterra. A escolha do momento para essa leitura me foi infeliz, uma vez que muito da obra fala sobre o luto, colocando-o como um dos costumes mais arraigados da época. Há uma dose de segredos, que poderiam se transformar em grandes escândalos, caso se tornassem públicos. O destaque é para uma das personagens feminina, a meu ver bastante venal (Lavinia Waterhouse), trazendo ao leitor um certo asco por sua frivolidade. Outro ponto interessante refere-se ao movimento sufragista ocorrido nesse período, que deu inicio à luta pelo direito de voto às mulheres.
SINOPSE: "Anjos Caídos" é uma história sobre amizades de infância, descoberta do sexo e fragilidade humana, além de abordar a mudança de um país, a luta das mulheres pelo voto e o questionamento de crenças arraigadas. Janeiro de 1901, um dia após o falecimento da rainha Vitória: duas famílias visitam túmulos vizinhos, num elegante cemitério londrino. Uma das sepulturas é adornada com uma sentimental estátua de anjo; a outra, com um jarro primoroso. A família Waterhouse, apegada às tradições vitorianas, reverencia a falecida rainha; já os Coleman buscam uma sociedade mais moderna.
Para desconforto de ambas as famílias, elas passam a se relacionar quando suas filhas ficam amigas por trás das lápides. E, pior, amigas também do filho do coveiro, um garoto que está sempre sujo de terra. As meninas vão crescendo, e o novo século se firma, com os carros substituindo os cavalos no transporte e a eletricidade suplantando a iluminação a gás - o país surge das sombras dos opressivos valores vitorianos para o dourado verão eduardiano. É então que a linda e frustrada sra. Coleman busca mais liberdade, com conseqüências desastrosas, e a vida dos Coleman e dos Waterhouse sofre uma irremediável mudança.
Um romance denso, escrito de forma excepcional.

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