sábado, 5 de setembro de 2009

O ESPÍRITO DO MAL (Willian Peter Blatty)


Continuação do livro "O Exorcista". Excelente combinação de enredo policial com o sobrenatural. No final do livro, o tenente Kinderman tenta explicar ao sargento Atkins porque Deus não intervem quando uma grande desgraça ocorre. Essa explicação teve o condão de me trazer um novo olhar sobre o assunto, algo que, embora nunca tenha me ocorrido, acredito que faça todo o sentido do mundo, por uma série de motivos:
"- Os físicos agora estão convencidos de que todos os processos conhecidos na natureza foram outrora parte de uma força única, unificada. - Kinderman fez uma pausa e depois acrescentou, mais suavemente: - Creio que essa força era uma pessoa que há muito tempo se rompeu em fragmentos, por causa do anseio de moldar seu próprio ser. Isso foi a Queda, a "Grande Explosão"... o começo dos tempos e do universo material, quando o um se tornou muitos... legião. E é por isso que Deus não pode interferir: a evolução é essa pessoa crescendo de volta para si mesma.
O rosto do sargento era uma máscara de perplexidade.
- Quem é essa pessoa?
- Não pode adivinhar? - Os olhos de Kinderman estavam brilhantes e risonhos. - Já lhe dei a maioria das pistas há muito tempo.
Atkins sacudiu a cabeça e ficou esperando pela resposta.
- Somos o Anjo Caído - acrescentou Kinderman. Somos o Portador da Luz. Somos Lúcifer."
Talvez não fosse essa a intenção do Autor, mas acabou explicando de forma bastante aceitável para mim, o porquê de Deus não interferir quando coisas terríveis acontecem. Cada um de nós, seres humanos, trás dentro de si um lado bom e um lado mal. Quando pudermos ser inteiramente bons, seremos, realmente, como o anjo de perfeição que foi Lúcifer antes da Queda.

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