O aspecto que me ficou do livro, foi o da grande solidão de sua personagem central. Saindo de sua cidadezinha interiorana e deixando para trás a segurança familiar, se vê num país estranho, onde acaba por encontrar um certo apoio, meio frágil, na figura de um namorado um tanto imaturo. A protagonista, bastante imatura ela mesma, por conta de sua juventude e inexperiência, acaba por fazer escolhas das quais não poderá se desvencilhar, por conta da época em que vive, da mentalidade das pessoas à sua volta. Assim, não se aprofunda nas próprias emoções e deixa rasos os sentimentos daqueles que a rodeiam. Para mim, deixa a possibilidade de "enxergar" a vida toda da personagem, que seguirá por caminhos seguros, sepultando sentimentos e questionamentos sem a coragem de promover alterações, carregando consigo a bagagem da conveniência e da solidão. Sinopse: No início dos anos 1950, a Irlanda não oferece futuro para jovens como Eilis Lacey. Sem encontrar emprego, ela vive na pequena Enniscorthy com a mãe viúva e a irmã Rose. Mas eis que o padre Flood lhe faz uma oferta de trabalho e moradia no Brooklyn, Estados Unidos. De início apavorada com a ideia de sair do ninho familiar, ela acaba partindo rumo à América. Triste e solitária em seu novo mundo, a tímida Eilis acaba por estabelecer uma rotina de trabalho diurno e estudo noturno na faculdade de contabilidade. No baile semanal da paróquia, conhece um jovem de origem italiana que aos poucos entra em sua vida. Mas quando começa a se sentir mais livre e segura, Eilis é obrigada a voltar, por algumas semanas, para Enniscorthy. E ali ela se vê, mais uma vez, diante de uma escolha que poderá modificar sua vida.
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