quinta-feira, 12 de julho de 2012

RAIVA (Sergio Bizzio)

Muito bom! Vi no livro não a história de um assassino ou um suspense, embora ambos os assuntos estivessem bastante presentes. Eu vi um amor que se inicia fisicamente e percorre um tortuoso e inusitado caminho, até transformar-se em completamente platônico. Vi a administração de uma raiva visceral, crua, indomada, que acaba por se transformar em veículo de reparação de danos segundo o pensamento do protagonista. Vi também uma solidão profunda, silenciosa, completa, enlouquecedora, ser transformada tão somente em invisibilidade e quietude, em sensibilidade e pureza de propósitos. Um redimensionamento de um universo completo, transformando-se em um mundinho restrito, finito. Enfim, vi a poesia do insólito e apreciei por demais. A triste história de tristes personagens.
SINOPSE: O amor entre o pedreiro José María e a diarista Rosa surge à primeira vista, em um supermercado em Buenos Aires. Mas o temperamento explosivo dele coloca tudo a perder quando, dominado pela raiva, José espanca até a morte o capataz do canteiro de obras em que trabalha e com quem tinha uma rixa. Sem ter para onde ir, ele se esconde na mansão em que a namorada trabalha, sem que ninguém note sua presença. A partir disso, a história toma um rumo inusitado, e o protagonista se transforma em um voyer com impulsos assassinos.

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