Um relato cru. Sem dados precisos relativos aos números, contando apenas com as lembranças do autor. As atrocidades vividas por esse sobrevivente e aquilo tudo que esteve à sua volta são contados de forma singela, sem floreios. Um registro dos fatos que marcaram sua estadia no campo de extermínio de Treblinka, bem como sua saída em fuga. Um livro forte, embora sejam poucas as páginas, o conteúdo é extremamente indigesto, revoltante.
SINOPSE: Nenhum campo de extermínio foi tão longe na racionalização do assassinato em massa quanto Treblinka. Lá, cerca de 750.000 judeus foram mortos. Apenas 57 sobreviveram. Chil Rajchman foi um deles. Por dez meses, sobreviveu ao absoluto terror. Carregou cadáveres em decomposição. Extraiu dentes dos mortos para que os nazistas aproveitassem o ouro, lavando-os em vasilhas cujos restos de água sanguinolenta mataram a sede de outros prisioneiros. Testemunhou suicídios, empalamentos, centenas de execuções. Foi chicoteado diariamente, teve tifo, sarna. Em agosto de 1943, Chil e outros prisioneiros conseguiram pôr em prática um plano de revolta. Ele foi um dos últimos judeus a escapar de Treblinka. Seu relato avassalador e detalhado, escrito ainda durante a guerra e até agora inédito, vem a público acompanhado por fotografias, mapas e a planta do campo de extermínio. Um importante testemunho do que preferíamos esquecer, mas não podemos.
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