O livro de inicio é meio morno, mas tem uma trama bem elaborada. Dou um desconto por ser o primeiro livro da autora, e digo que ela promete. Tem um bom estilo de narrativa, embora seja necessário avisar que intercala capítulos, indo e vindo entre o passado e o presente. Conta duas histórias, que de certa maneira se intercalam. O interessante fica por conta da idéia geral de como se procede a uma catalogação de quadros: as minúcias que devem ser observadas para a elaboração do histórico da obra, como é atestada sua proveniência, enfim, uma gama de informações, mesmo que de forma breve, sobre tal assunto. Esse tema, que eu desconhecia completamente, aguçou minha curiosidade, sendo certo que vou pesquisar mais a respeito. Aprecio muito livros assim, que descortinam universos ainda não conhecidos por mim, porque me levam a ampliar meus conhecimentos,e, não raras vezes, me fazem ingressar em mundos sedutores, aos quais eu era completamente indiferente por não ter vislumbrado, ainda, nenhuma de suas muitas facetas.
SINOPSE: "A Crisálida" é o nome de um quadro encomendado à Johannes Miereveld, na Holanda do século XVII, pelo homem mais poderoso do vilarejo onde o pintor vive e trabalha. O pedido feito ao artista foi o de um sóbrio e convencional retrato de família - ele não desconfia que, nos detalhes, o quadro revela a história de um amor proibido.
Três séculos depois, quando o horror nazista se alastra pela Europa, "A Crisálida" pertence a Erich Baum e sua esposa Cornelia. Alvos da máquina de pilhagem de obras de arte do III Reich, e marcados pelas origens judaicas de Erich, eles acabam mortos num campo de concentração.
No presente, em Nova York, Mara Coyne, uma advogada de sucesso, se vê às voltas com o caso que poderá significar sua promoção à condição de sócia da conceituada firma Severin, Oliver & Means. Uma velha senhora tenta impedir que a casa de leilões Beazley´s, cliente do escritório, negocie "A Crisálida" por milhões de dólares. Seu nome: Hilda Baum, filha de Erich e Cornelia. Competente e preparada, Mara sabe que o processo pode ser ganho. Mas será que deveria? Ela estaria do lado certo?
O dilema de Mara Coyne entre a ética profissional e a compaixão pelo sofrimento humano; os meandros do trágico destino de Erich e Cornelia Baum; e o segredo por trás do real significado da pintura de Johannes Miereveld são os fios condutores de "A Crisálida", primeiro livro da advogada Heather Terrell, que se inspirou em histórias que viveu e testemunhou para elaborá-lo.
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