sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A SOLIDÃO DOS NÚMEROS PRIMOS (Paolo Giordano)

Uma história de amor delicada entre duas almas extremamente feridas, desencontradas. Adentrei um mundo totalmente desconhecido para mim, de protagonistas com lembranças dolorosas, de vidas sinuosas, de almas acorrentadas a acontecimentos do passado e que refletiram de forma brutal nas escolhas feitas. Denso, de certa forma assustador. Triste e poético, os personagens centrais são tão herméticos, tão afeitos à solidão que os consome que passei a narrativa toda esperando por uma catarse que arrebentasse as muralhas erguidas pelos dois, possibilitando-lhes uma felicidade simples e quieta. Gostei muito.
SINOPSE: Não é vulgar um livro reunir o consentimento de ambas as partes, mas A Solidão dos Números Primos, o primeiro romance do jovem escritor Paolo Giordano, é consensual: trata-se de uma das mais interessantes estreias literárias dos últimos anos.
Vencedor da 62ª edição do Prémio Strega e com uma menção honrosa na edição de 2008 do Prémio Campiello, dois dos mais prestigiosos galardões da literatura italiana, A Solidão dos Números Primos já vendeu mais de 1.000.000 exemplares e não pára de conquistar leitores em todo o mundo.
Os direitos para adaptação ao cinema também já foram vendidos e 2009 deve marcar o início da rodagem do filme inspirado na história de Alice e Mattia.
A história do livro, tal como o título, é forte e dramática, inquietante e surpreendente. A Solidão dos Números Primos conta a história de Alice e Mattia, ambos vítimas de experiências pessoais trágicas e cujas vidas acabam por cruzar-se.
Dois números primos, na realidade. Duas vidas tão próximas quanto distantes. Dois jovens que amadurecem ao longo da história e guiam o leitor ao longo de gerações distintas, vivenciando momentos de ternura, tristeza, desconsolo e tenaz esperança.
Segundo o autor, o romance resultou das “sugestões iniciais vindas de histórias de amigos, pessoas próximas”. Para a escrita do livro, Paolo Giordano referiu ter usado a matemática “como uma base metafórica e como método: o método matemático permite ser rigoroso, sério, veloz, constante”.
O resultado? Um romance delicado e terrível.

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