quinta-feira, 6 de outubro de 2011

QUARTO (Emma Donoghue)

A autora foi muito feliz ao resolver contar a estória de "Quarto" sob a ótica de um menino de 5 anos. Por conta disso, a leitura foi bastante leve, terna e muitas vezes engraçada, ou angustiante, embora o assunto tratado fosse hediondo. Quem espera detalhes sórdidos sobre o crime cometido contra o protagonista e sua mãe, na certa ficará decepcionado, embora naturalmente o grotesco da situação seja palpável a cada página. Por não ser repetitivo e também por aguçar a curiosidade quanto ao desfecho da situação, o livro nos prende. Apesar de apresentar o inicio de uma nova situação, fora dos limites vividos pelo protagonista nos primeiros cinco anos de sua existência, ficou um gosto de "quero mais", porque a vontade de acompanhar a adaptação do menino na vastidão do mundo que acaba por cercá-lo é imensa e o término do livro acabou por me deixar triste, meio orfã mesmo... Mas quem sabe não virá por aí uma continuação entitulada "Fora do quarto"... Vou esperar (e torcer).
SINOPSE: Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la. O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.

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