domingo, 26 de dezembro de 2010

O PACTO (Joe Hill)

A história não é ruim. Ao contrário, é ótima. Faltou ser melhor explorada. O problema talvez esteja em o autor ser quem é, filho de um mestre do terror, Stephen King. Isso acaba colocando uma expectativa maior no leitor. De toda forma, o autor promete. O fato de lidar justamente com o bem e o mal num contexto surreal, deixa o livro ao estilo de King, mas para mim as semelhanças param aí. O desenrolar da história, de certa forma, acaba mostrando uma inclinação única do autor, que sendo melhor trabalhada acabará por livrá-lo do estigma da comparação com as obras do pai. Quando digo que esperava uma melhor exploração, não estou querendo uma obra mais prolixa e sim o desenvolvimento maior de algumas ramificações da história, uma exploração mais profunda de aspectos que foram apenas mencionados por alto. Deixo claro, entretanto, para os amantes do gênero, que o livro não é ruim não e, de repente, uma obra mais enxuta, como é o caso deste livro,  torne o enredo menos enfadonho ou repetitivo. Espero ainda mais do autor em próximas obras, quando houver um amadurecimento maior como contador de histórias.

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