sexta-feira, 27 de novembro de 2009

COMO PÃO NO PRATO SAGRADO (Rebecca Alpert)



Li este livro mais por curiosidade. Acreditei que pudesse me dar uma noção das tradições judaicas e o fato de ter sido escrito por uma rabina lésbica me deixou mais curiosa. Entretanto, embora tenha me deparado com uma série de tradições judaicas, as mesmas eram explicadas muito superficialmente, o que acabou me trazendo apenas parcos conhecimentos sobre o universo judaico. Como o meu contexto é completamente diverso do universo descrito no livro, não sendo eu judia, nem lésbica, esta leitura mostrou-se, na verdade, bastante inóqua. Na verdade, o livro fala mais sobre a necessidade de mudanças nas tradições judaicas, afim de que as lésbicas sejam melhor integradas. A idéia da autora é louvável, entretanto, usa a palavra "lésbica" vezes demais, o que torna o livro cansativo. Numa única página encontrei tal palavra 10 vezes. O leitor sabe tratar-se, desde a capa, de um livro escrito por uma rabina lésbica, e que se trata da discussão do problema da homossexualiade na cultura judaica, desta forma, o uso da palavra, exaustivamente, acaba enfastiando o leitor em lugar de frisar o que a autora deseja transmitir. Para ser franca, comecei a acreditar que a autora desejava enfiar essa palavra minha goela abaixo (e dos demais leitores). Porque não abandonei a leitura? Teimosia pura e simples (e também para ter certeza que não teria uma indigestação de lesbicas no final). Ainda aí, não sendo eu antipatizante das escolhas alheias (e tampouco simpatizante), ao fazer esta resenha torço para que os homossexuais não entendam erroneamente esta minha critica, uma vez que respeito as opções sexuais de cada um.
SINOPSE: A autora, rabina e lésbica assumida, faz uma análise sobre como a homossexualidade feminina foi vista nas escrituras bíblicas, e estuda a cultura judaica nos últimos dois mil anos do ponto de vista da mulher homossexual.

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