quinta-feira, 7 de julho de 2016

AMSTERDAM (Ian McEwan)

SINOPSE: A trama consiste de uma fábula moral sobre dois amigos: Clive Linley, compositor de música erudita, e Vernon Halliday, jornalista. Ambos estão em momentos cruciais de suas vidas. Clive precisa concluir uma sinfonia para a virada do milênio que, espera, irá consagrá-lo. Vernon é editor do importante, mas decadente, jornal The Judge. Após o funeral de Molly Lane, ex-amante de ambos que sofreu longo e humilhante declínio mental antes de morrer, os dois fazem um pacto: caso um deles venha a padecer da mesma agonia, o outro deve libertá-lo, facilitando a eutanásia.
São muitos os temas polêmicos aqui presentes, como o aquecimento global e o papel da Inglaterra na Europa. Sem Amsterdam, já revelou McEwan, não haveria Reparação, seu consagrado romance seguinte. Em um complexo exercício criativo, o autor denuncia a vaidade e a busca pela fama a qualquer preço.

Meus comentários: E assim se descobre o quanto a venalidade pode ser atemporal. O que culmina com o interessante desfecho do livro é uma amizade desigual entre os dois protagonistas, fazendo com que esse desequilibrio acabe por alimentar fortemente o ressentimento, que começa pequeno, por mera divergência de opinião e que vai num crescendo que não arrefece. Na minha opinião, são dois anti-heróis  que não mereceram minha simpatia de leitora. Não me atrevo a negar meu desejo inconfessável de que se dessem mal. Gostei.

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