O livro fala de abuso infantil e pedofilia. De todos os livros que li a respeito do assunto, nenhum foi ficção, sendo todos eles relatos das vitimas, em momentos muito posteriores aos acontecimentos. Cheguei à conclusão de que o tema é tão indigesto, tão hediondo, que nenhum escritor opta por elaborar uma ficção sobre o assunto, sob a ótica da vitima.
O que mais me horroriza nesses relatos, afora, naturalmente, o abuso em si, é o comportamento adotado por aqueles que rodeiam as vitimas e que, por uma questão moral e humanitária, deveriam ser os primeiros a preservar e proteger a vitima. Por estranho que pareça, esses adultos, antes de tudo, preferem não enxergar o que ocorre. Depois, se tornam omissos e fogem desse conhecimento. Não querem nem ouvir falar, optam por não acreditar, por amenizar e serem coniventes com o comportamento do agressor quando se quedam silentes, quando deixam de tomar qualquer atitude a respeito. Parece até um comportamento padrão daqueles que convivem com agressores e vitimas, o que me deixa estarrecida...
Também acredito que seja por conta desse comportamento que os agressores continuam agindo e que as vitimas, por medo e também por constatarem que realmente os adultos do meio onde vivem não darem crédito ao que tais vitimas denunciam, optam pelo silêncio e acabam acreditando que a culpa é delas mesmas...
E, de uma forma ainda mais abjeta e estranha, essas vitimas não conseguem se libertar totalmente de uma culpa que nunca tiveram e de um amor doentio por aqueles que não o protegeram.
Vale a leitura, vale o alerta afim que de não compactuemos com o comportamento absurdo dos que fingem não saber de nada, vale ainda mais a lição que nos obriga a sermos mais conscientes das crianças que nos rodeiam e atentos aos comportamentos desajustados com os quais algumas vezes nos deparamos.
SINOPSE: A frase que dá título ao livro de Toni Maguire, Não conte para a mamãe, poderia ser uma pacto ingênuo entre dois irmãos ou uma brincadeira entre crianças. Infelizmente, não é o caso. Na verdade, é a ameaça sofrida pela autora durante os quase dez anos em que foi violentada pelo próprio pai. Quando aconteceu pela primeira vez, a pequena e inocente Antoniette tinha apenas seis anos. Apesar da tenra idade, tudo ficou gravado em sua memória, o tempo nada dissipou: os detalhes, os sentimentos, a dor. Foi a primeira de muitas, incontáveis vezes. Não conte para a mamãe, de Toni Maguire, desvela a comovente história de um infância idílica que mascarava uma terrível verdade.
O que mais me horroriza nesses relatos, afora, naturalmente, o abuso em si, é o comportamento adotado por aqueles que rodeiam as vitimas e que, por uma questão moral e humanitária, deveriam ser os primeiros a preservar e proteger a vitima. Por estranho que pareça, esses adultos, antes de tudo, preferem não enxergar o que ocorre. Depois, se tornam omissos e fogem desse conhecimento. Não querem nem ouvir falar, optam por não acreditar, por amenizar e serem coniventes com o comportamento do agressor quando se quedam silentes, quando deixam de tomar qualquer atitude a respeito. Parece até um comportamento padrão daqueles que convivem com agressores e vitimas, o que me deixa estarrecida...
Também acredito que seja por conta desse comportamento que os agressores continuam agindo e que as vitimas, por medo e também por constatarem que realmente os adultos do meio onde vivem não darem crédito ao que tais vitimas denunciam, optam pelo silêncio e acabam acreditando que a culpa é delas mesmas...
E, de uma forma ainda mais abjeta e estranha, essas vitimas não conseguem se libertar totalmente de uma culpa que nunca tiveram e de um amor doentio por aqueles que não o protegeram.
Vale a leitura, vale o alerta afim que de não compactuemos com o comportamento absurdo dos que fingem não saber de nada, vale ainda mais a lição que nos obriga a sermos mais conscientes das crianças que nos rodeiam e atentos aos comportamentos desajustados com os quais algumas vezes nos deparamos.
SINOPSE: A frase que dá título ao livro de Toni Maguire, Não conte para a mamãe, poderia ser uma pacto ingênuo entre dois irmãos ou uma brincadeira entre crianças. Infelizmente, não é o caso. Na verdade, é a ameaça sofrida pela autora durante os quase dez anos em que foi violentada pelo próprio pai. Quando aconteceu pela primeira vez, a pequena e inocente Antoniette tinha apenas seis anos. Apesar da tenra idade, tudo ficou gravado em sua memória, o tempo nada dissipou: os detalhes, os sentimentos, a dor. Foi a primeira de muitas, incontáveis vezes. Não conte para a mamãe, de Toni Maguire, desvela a comovente história de um infância idílica que mascarava uma terrível verdade.
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