quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

O HOMEM QUE VOCÊ VAI VER (Eli Gottlieb)

Uma história interessante, mas contada de forma um tanto morna.
O narrador e personagem central, no desenrolar da trama, sofre o que eu chamaria de uma verdadeira metamorfose: atrás do sujeito que se apresentou nas primeiras páginas do livro, um tanto insípido e introvertido, esconde-se alguém totalmente diferente. O personagem é montado no inicio e, ao final do livro, foi desconstruido e reedificado em bases opostas. Embora tenha apreciado a obra, o autor, infelizmente, foi incapaz de dar-lhe o necessário brilho.
SINOPSE: Pequena e pacata, Monarch, em Nova York, é abalada pela trágica morte de seu mais ilustre filho: Rob Castor. De celebridade, por conta do sucesso de seu primeiro romance, o jovem pula para as páginas policiais. Ao assassinar a namorada e cometer o suicídio, Rob faz com que os holofotes da mídia se voltem para seu passado, sua cidade natal, seus amigos e vizinhos – todos curiosos em saber os motivos que o levaram a tal gesto de fúria e desespero. O rumoroso crime passional é o ponto de partida de O homem que você vai ver, do norte-americano Eli Gottlieb, que assim como seu protagonista, viu a fama de perto com sua aclamada estreia literária, The boy who went – eleito livro notável pelo The New York Times. Ao levantar as circunstâncias do assassinato e do suicídio, Nicholas Framingham, amigo de infância de Rob Castor, coloca em perspectiva a sua própria história, banal perto da polêmica e meteórica trajetória do escritor maldito – dois destinos entrelaçados mais do que se possa imaginar.

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