domingo, 18 de julho de 2010

FÉRIAS (Marian Keyes)


Eu estava bastante sobrecarregada quando iniciei esta leitura. Também me encontrava naquilo que chamo depressão do leitor, onde a leitura se arrasta, mesmo quando se trata de um livro muito bom. Pois bem, terminei a leitura. O livro, embora extenso, é leve, de leitura fácil e coloca o leitor no mundo de uma toxicômana. Fala de suas venturas, desventuras, quedas e redenções, medos e reabilitação. Não é repetitivo nem cansativo. Ao contrário, muitas vezes é bastante engraçado. Narrado na voz da própria dependente de drogas, brinda o leitor com uma visão diferente do problema. Para quem convive com algum dependente de drogas ou tem problemas semelhantes, o livro é bastante realista. Para quem nunca passou perto do problema, é uma forma de entender o universo do dependente de drogas e de seus familiares, de forma leve, sem aquele enfoque melodramático encontrado na maioria das vezes, nos livros que tratam do tema. Posso dizer, de carteirinha, que é exatamente da forma descrita no livro, o processo de reabilitação de um dependente. Até mesmo o que ocorre na clinica é bastante próximo da realidade, porque tenho alguém muito próximo, que enfrenta tais problemas. Faltou no livro apenas o "só por hoje".
SINOPSE: Rachel Walsh tem 27 anos e a grande mágoa de calçar 40. Ela namora Luke Costello, um homem que usa calças de couro justas. E é amiga - pode-se mesmo dizer muy amiga - de drogas. Até que a sua vida vai para o Claustro - a versão irlandesa da Clínica Betty Ford. Ela fica uma fera. Afinal, não é magra o bastante para ser uma toxicômana, certo? Mas, olhando para o lado positivo das coisas, esses centros de reabilitação são cheios de banheiras de hidromassagem, academia e artistas semifissurados (ao menos ela assim ouviu dizer). De mais a mais, bem que já está mesmo na hora de tirar umas feriazinhas. Rachel encontra mais homens de meia-idade usando suéteres marrons e sessões de terapia em grupo do que poderia supor a sua vã filosofia. E o pior é que parecem esperar que ela entre no esquema! Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular? Cheia de dor-de-cotovelo (o nome do cotovelo é Luke), ela busca salvação em Chris, um Homem com um Passado. Um homem que pode dar mais trabalho do que vale... Rachel é levada da dependência química para o terreno desconhecido da maturidade, passando por uma ou duas histórias de amor, neste romance que é, a um tempo, comovente, forte e muito, muito engraçado. 

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