domingo, 21 de julho de 2013

A CAIXA PRETA (Amós Oz)

O livro é uma coletânea de cartas trocadas entre os personagens. Na leitura dessas cartas descortina-se o panorama social, politico e religioso predominante em Israel na metade do seculo XX. É latente, também, o redemoinho psicológico e emocional dos personagens, ao lidar com um leque variado de acontecimentos, escolhas e consequências, ao longo de suas vidas. Separações, angústias, desencontros, incompreensão, relações mal terminadas, religiosidade fanática são alguns dos assuntos abordados ao longo do enredo, expondo ao leitor a vida dos personagens num formato diferente do usual. A narrativa vai do passado ao presente, com um leve vislumbre do que pode ser o futuro dos personagens, algumas vezes com coerência, noutras de maneira um tanto confusa posto que embrenhada nos sentimentos e crenças de cada um deles. Não é um livro ruim, porém, não é o tipo de literatura capaz de prender minha atenção ou agitar minhas emoções.
SINOPSE:  Que segredos pode conter a caixa-preta de um avião que caiu? Revelações sobre as razões da queda, gritos de horror, pânico, tentativas desesperadas de salvação - vestígios da catástrofe. O romance do israelense Amós Oz tem tudo isso, mas a caixa-preta a que se refere o título não pertence a um avião, e sim a uma relação amorosa desfeita. Anos depois do divórcio escandaloso, Ilana, a esposa rejeitada, emerge das cinzas do tempo, da distância e do rancor para passar a limpo seu casamento com Alex Guideon, professor e escritor mundialmente famoso. Ao mesmo tempo, por trás de paixões pessoais tão intensas que beiram a loucura, desenha-se com precisão o complexo panorama social, religioso e político da vida em Israel na segunda metade do século XX.

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