O livro é uma coletânea de cartas trocadas entre os personagens. Na
leitura dessas cartas descortina-se o panorama social, politico e
religioso predominante em Israel na metade do seculo XX. É latente,
também, o redemoinho psicológico e emocional dos personagens, ao lidar
com um leque variado de acontecimentos, escolhas e consequências, ao
longo de suas vidas. Separações, angústias, desencontros, incompreensão,
relações mal terminadas, religiosidade fanática são alguns dos assuntos
abordados ao longo do enredo, expondo ao leitor a vida dos personagens
num formato diferente do usual. A narrativa vai do passado ao presente,
com um leve vislumbre do que pode ser o futuro dos personagens, algumas
vezes com coerência, noutras de maneira um tanto confusa posto que
embrenhada nos sentimentos e crenças de cada um deles. Não é um livro
ruim, porém, não é o tipo de literatura capaz de prender minha atenção
ou agitar minhas emoções.
SINOPSE: Que segredos pode conter a caixa-preta de um avião que caiu? Revelações
sobre as razões da queda, gritos de horror, pânico, tentativas
desesperadas de salvação - vestígios da catástrofe. O romance do
israelense Amós Oz tem tudo isso, mas a caixa-preta a que se refere o
título não pertence a um avião, e sim a uma relação amorosa desfeita.
Anos depois do divórcio escandaloso, Ilana, a esposa rejeitada, emerge
das cinzas do tempo, da distância e do rancor para passar a limpo seu
casamento com Alex Guideon, professor e escritor mundialmente famoso. Ao
mesmo tempo, por trás de paixões pessoais tão intensas que beiram a
loucura, desenha-se com precisão o complexo panorama social, religioso e
político da vida em Israel na segunda metade do século XX.
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